terça-feira, 14 de dezembro de 2010

A chuva


Melinda estava sentada em sua varanda, vendo as gotas de chuva que caiam. Algumas, deslizavam pela parede e chegavam até o chão.
O cheiro da chuva era algo que lhe agradava desde pequena. Adorava correr e pular nas poças de água que se formavam na rua. Sua mãe ficava brava, pois chegava com o tênis ensopado em casa e com um sorriso estampado no rosto. Uma menina que não se importava se sua roupa iria ficar suja ou não, ela apenas brincava, sem medo de ser feliz.
 A chuva é capaz de lavar a alma, é o que ela pensa até hoje. Melinda é radiante, radiante no sol, e é radiante na chuva. Seus amigos não entendem como isso pode acontecer. Ela, então, apenas explica que a chuva não estraga o dia, apenas muda a paisagem. E que só podemos ter o céu azul, árvores verdes, flores coloridas e um lindo rio, depois de uma boa chuva.

Um comentário:

  1. Aqui onde eu estou está chovendo, e eu posso ouvir o barulho da chuva lá fora. Ler o seu texto foi muitíssimo bom, pois só reforçou algo que eu me recordei essa semana. Talvez a chuva não seja capaz de lavar a alma, mas para quem acredita sim!
    Belo texto, mil beijos.

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