terça-feira, 20 de março de 2012

Ando intrigada

As pessoas não são como nós imaginamos. Tem gente que é mais simples de entender. O jeito como fala, age, ou fica em silêncio, não faz tanta diferença assim para quem está começando a conhecê-la. Porém, existem pessoas que intrigam. Pelo menos a mim intrigam.
Sou uma pessoa extremamente tímida quando chego a um local novo - e isso piora 3 vezes se nesse local todo mundo já se conhece e só eu tô lá de gaiata - mas se qualquer um me der espaço pra falar, eu falo numa boa. E falar me deixa confortável, a não ser que...
Pessoas calmas e quietas me intrigam. Odeio não saber o que passa na cabeça delas. Ok, eu sei que não consigo saber o que passa na cabeça de ninguém e não significa que só porque alguém converse comigo eu saiba o que passa em sua cabeça. Mas, eu acho que esse meu jeito de falar muito e rápido e um pouco atrapalhado sempre assusta ou não agrada essas pessoas mais "na delas", sabe? É difícil explicar. Só sei que eu travo completamente perto delas e tento segurar minhas mãos, só que se eu segurar as mãos eu não falo, porque me expresso com as mãos, o que me deixa constrangida e atrapalha tudo. E, normalmente, são exatamente essas pessoas que eu quero muito conhecer, saber tudo o que aconteceu em suas vidas em um dia. Sei que isso não vai acontecer, pois para eu saber boa parte do que há dentro dela, vai demorar muito tempo, e enquanto esse tempo não chega eu fico intrigada e super curiosa.

Pensando melhor, ainda bem que existem pessoas assim. Elas me ensinam a lidar com a ansiedade e, em regra, no final das contas, eu me dou bem com elas e descubro que não é todo esse drama que eu imaginei.

(Lembrando que toda regra tem sua exceção. Mas se um dia você quiser me conhecer, peço por favor que não seja a exceção)

quinta-feira, 1 de março de 2012

Não sou daquelas pessoas que passam horas em transportes públicos para se deslocar de um lugar para o outro, mas, nos poucos 5 minutos que passo por dia debaixo da terra entre duas estações de metrô, gosto de observar as coisas que acontecem a minha volta.
Hoje, eu parei para observar as pessoas. Percebi que elas agem quase todas da mesma maneira. As que estão com amigos conversam tranquilamente e as que estão sozinhas ficam paradas, caladas e, geralmente, olhando para um ponto fixo, já que se você olhar para alguém por mais de 5 segundos pode até dar em discussão ("Qualé, perdeu alguma coisa?!").
Todas essas pessoas me pareceram iguais hoje. Elas eram só pessoas. E se você for levar por esse lado, tudo fica tão pobre e tão vazio. Porque, na realidade, a história que cada um viveu é que faz a diferença. É o que mostra o caráter, o que mostra a personalidade, a forma de agir, de falar, de pensar.
Nenhuma dessas histórias é igual a outra e é isso que torna as pessoas interessantes, é isso que dá vida a elas.

O tempo que eu passei no metrô com as pessoas que estavam ali fizeram parecer que tudo era igual por um instante, mas não era. As histórias eram diferentes e isso muda tudo.