Gosto de São Paulo. Porque nessa cidade tão corrida e tão cheia do estresse, de repente você pode encontrar um flautista no meio da rua que te faz parar de toda correria e te faz lembrar que "fundamental é mesmo o amor, é impossível ser feliz sozinho".

Amor

Então você descobre que o amor dói e dói muito.
Não aquele amor de filme de comédia romântica, mas aquele amor sincero, aquele amor que foi construído devagar, aquele amor que você só descobriu que estava grande no peito quando deu tempo ao tempo.
Então você descobre que o amor é a cura para a dor que ele causa.
Não aquela cura passageira que tapa o sol com a peneira, mas aquela cura que permanece, aquela cura que sai de lá de dentro, aquela cura que com o tempo não se vai.
Então você percebe que o amor vai além daquilo que você imaginava.
Você descobre que no amor você não faz aquela pessoa que você ama agir do jeito que você quer. Mesmo vendo que poderia ser melhor para ela. Mesmo que você queira gritar para ela te ouvir e te obedecer.
Você descobre que no amor você diz para aquela pessoa que você ama: "Vai, toma a decisão que você tem que tomar. Vou estar torcendo por você!". Porque não importa a decisão que aquela pessoa vai tomar, você sabe que vai estar estar torcendo para que isso se torne o melhor para ela e vai estar ao seu lado se algo der errado.
Você descobre que no amor, você não ama para você. Você ama para o outro.

A briga que não vale a pena

O amor que não condena

A palavra que pode ferir

O coração que quer sorrir

A agonia que passou

O grito que se calou

A amizade que prevaleceu

O amigo que não se perdeu

Não sei dizer, mas, para mim, fez todo o sentido.