segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Exercitar-se é preciso

Quando somos crianças não temos que nos preocupar em nos exercitar. Corremos mais do que maratonistas, subimos e descemos escadas mais do que aqueles que querem queimar calorias, fazemos mais flexões para procurar nossos amigos escondidos embaixo dos carros do que atletas esculturais e, ficamos nadando na piscina mais tempo do que o César Cielo. Por isso, quando crianças, não existe em nosso vocabulário a palavra “sedentarismo”.
Até pouco tempo atrás eu não ligava para esse tipo de coisa. Brincava, pulava, e quando cresci ainda tinha as aulas de educação física que me ajudavam a mexer o esqueleto. Porém, agora eu tenho realmente me preocupado com o meu sedentarismo, ou melhor, com o sedentarismo que a humanidade começou a ter pelo fato de que em tudo temos máquinas que façam as coisas por nós.
As crianças, por exemplo, não jogam mais bola freqüentemente com os amigos, nem vôlei na quadra. Elas brincam com seus videogames ou computadores e quando brincam com algo que era para ser real e para fazer com que elas se movimentem, não, elas jogam Wii.
Uma coisa que passou pela minha cabeça e que expressou exatamente isso foram aquelas pessoas gordinhas que aparecem no filme “Wall-E”. Nós, ou grande parte de nós, passamos os dias sentados, digitando, trabalhando, atendendo telefone, conversando pela internet. Paramos de nos movimentar e sair do lugar porque encontramos uma maneira muito mais fácil de fazer a maior parte das coisas. Até as queridas compras que fazíamos em família ou então sozinhos para simplesmente nos divertir e ir ao shopping, agora fazemos pela internet.


A solução parece ter vindo por um lugar, onde você passa no mínimo 1 hora fazendo muito exercício físico para tentar compensar todas as outras que você passou sentado: A academia. Ótima, brilhante solução. Verdadeiramente funcional. Então, surge a pergunta: Por que você não faz, Renata?
Nas férias de julho eu fui decidida procurar uma academia para começar a malhar. Fomos minha mãe e eu com essa brilhante idéia na cabeça de ajudarmos uma a outra a ter força e coragem. Achamos uma academia só para mulheres super legal, fizemos a nossa matricula, o exame médico e começamos. O primeiro dia foi difícil, diferente, mas sempre pensávamos: “uma hora passa rápido!”.  Fomos no segundo dia e ficamos lá, correndo sem sair do lugar na esteira e apenas observando aquelas senhoras bonitonas que se sentem mocinhas fazendo musculação e pensávamos:”se elas gostam, é porque depois de um tempo, a gente acostuma!”. No terceiro dia fez um frio imenso e minha mãe disse: ”Rê, tá frio. A gente não vai. Você não pode ficar pegando esse frio quando sair da academia com o corpo quente!”, eu relutei, mas, concordei. O frio intenso durou uma semana e com ele se foi a minha vontade e meus planejados dias suados de academia.

A academia não é para mim, preciso achar algo que eu goste, mas não posso ficar parada e virar uma gordinha do “Wall-E”. Eu ainda vou achar algo que seja prazeroso e não só uma obrigação.
Cada um precisa procurar o que gosta de fazer. Não são só as academias que fazem a gente se manter saudável. O fato é que precisamos movimentar o nosso corpo e não nos deixarmos abater pelo comodismo. Isso serve para mim e para todos os que estão se sentindo sedentários ultimamente.
Uma das razões pela qual eu também acho chato ir a academia! :/

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